domingo, 1 de setembro de 2013

Só de Sacanagem!


E ai, ainda em agosto, para me dar gosto e me tirar daquilo que não gosto, me deparo com esse belo texto da Elisa Lucinda. Só de sacanagem!
Quero dizer aos urubus de plantão, que "só de sacanagem", quero tentar mais um pouco.... ainda que muitas vezes minha esperança seja posta à prova! Ainda que por muitas provas ela tenha que passar. Ainda que meu raciocínio prático e lógico detone as razões do coração! Não importa. Não importa quantas vezes minha esperança tenha de esperar no cais, não importa quantos trens eu tenha que tomar, quais caminhos eu tenha que percorrer… por quantas vidas eu tenha que andar! Enquanto esse “fio de prata” não se romper… SÓ DE SACANAGEM! Vou continuar! Minha fé é inabalável, minha esperança é imortal! IMORTAL.
E enquanto houver esperança eu direi:
 Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final! 
SÓ DE SACANAGEM! Meu coração está aos pulos.

SÓ DE SACANAGEM! (Elisa Lucinda)
Meu coração está aos pulos!  Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", " Esse apontador não é seu, minha filhinha".
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar. Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba" e eu vou dizer:
Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? IMORTAL!
 Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
http://www.youtube.com/watch?v=KkzLFx4b66Q 

EU NÃO QUERIA….



Agosto se foi e se agostei, nem sei.  Setembro chegou e quero setembrar, desabrochar como a primavera!
Assim neste estado de ser, saio hoje para dar uma caminhada e aproveitar o sol que brilha intensamente aqui no coração do Brasil.
Apenas ando, alheia a tudo “olho a cidade ao redor, mas nada me interessa, eu nunca volto atrás” (Ana Carolina). Assim pensava eu também há não muitos anos atrás.
Voltar atrás? Eu? Nunca, dizia eu muito segura de mim a uma amiga! Essa possibilidade, minha amiga, afirmava eu… é impossível!




Isso foi lá, quando eu janeirava no orkut em 2008, e quase que sem querer, um anjo assoprou no meu ouvido um nome …! Depois disso, o que tenho feito é quebrar paradigmas, sair da normalidade e tentar construir outras possibilidades. Quase impossíveis diga se de passagem.
Penso nisso e em um monte de outras coisas… a gosto do agosto que se vai, levando o que a ele pertenceu, penso no que eu queria, ou melhor no que não queria! Não quero, não queria pensar.
Caminhando sem nenhum outro compromisso que não fosse curtir o sol, sem pressa de chegar a lugar nenhum, continuo com Ana Carolina…. Olho a cidade ao redor, mas nada me interessa, eu finjo ter calma, a solidão me apressa. São tantos caminhos sem fim de onde você não vem…. E parece que estou perto de escolher um desses caminhos e isso me assusta, estou por um fio.
Corro de te esperar, de um nunca te esquecer… desvio o pensamento! Eu queria… rio interiormente. Minha mente que é cheia de fazer sinapses e conexões, acessa a carinha de Isa, olhando pra mim com aqueles olhos azuis lindos e dizendo:
-- Ah! Tia Cássia eu quilia… Não pode Isa!
-- Ah, mas eu quilia!
Vou um pouco além e me vejo lá atrás, na adolescência quando minha mãe me pedia ( na verdade me mandava ehehe) fazer alguma coisa e eu dizia:
Ah mãe, eu não queria fazer isso!!!! Ai ela me dizia… Eu também faço tanta coisa que eu não queria.
Na época eu não entendia isso. Hoje entendo, ah, como entendo! Ela não queria sofrer, ela não queria… ela tinha sonhos, ilusões, mãe é gente como a gente!
Entendi que ela também não queria que eu sofresse, ela queria poder me dar coisas ela queria, ela não queria! Eu queria, eu não queria! Ela me ensinou a ser isso! Uma guerreira. Ainda assim, essa semana eu não queria! Aliás, eu não queria, assim como minha mãe, que um monte de coisas tivesse acontecido, eu também não queria pensar nelas, mas tem vezes que é inevitável.  Não queria ir para a profundidade do ser ... inevitável e uma pergunta me ronda, será que teria sido diferente se nada tivesse acontecido, será? Nunca vou saber!
A última semana de agosto foi intensa. Eu não queria! Não que eu não quisesse, ir, participar ou seja lá o que for. O que eu não queria era me aprofundar!
Fui com esse intuito, xicara vazia para aprender a ser alguma coisa, mas não me aprofundar em nada. Ouvi um milhão de vezes as pessoas me dizendo. Você não precisa disso! Você não precisa.
Sim, vocês estão certos, provavelmente não preciso, não precisava. Mas não tenho escolha. Se tenho que ir, vou aproveitar o máximo.  Vou resgatar alguns referenciais de vida, saber conhecer, saber ser econviver, saber fazer. Vou aprender a conhecer, aprender a ser e conviver e aprender a fazer!
E eu que não queria me aprofundar, não consegui segurar a emoção quando ao aprender a conhecer e a conviver mais intensamente com algumas pessoas que não “conhecia”, fui surpreendida com presentes maravilhosos.
Começou com uma lição de amor com  Corinthios 13 que eu amo… ainda falasse a língua dos homens ou a língua dos anjos sem AMOR eu nada seria! Depois vem Giovana, dando um banho de amor e ainda traz Gilberto Gil … o amor da gente é como um grão, uma semente de ilusão, tem que morrer pra germinar.  Plantar n´algum lugar, ressuscitar no chão, nossa semeadura. É, a vida é assim, assim também é o amor. Acho que estou sensível e a coisa vai mexendo lá no fundo!. Eu não queria, juro!
Mas ai, vem Paola com a síndrome da normose de Roberto Crema e Pierre Weil et al.. que é uma das coisas que eu luto sempre para não acontecer comigo…, e ela diz… “os perigos de cairmos na prisão de não saber quem somos e cair na síndrome da normose “ e com isso nos adaptar a um sistema doente como faz a maioria e não investir na alma e na consciência!
E eu não queria me aprofundar. Mas Vitor arrebenta com uma reflexão profunda sobre nós e aqueles aos quais “temos”, teórica ou praticamente que obedecer:
Foi assim: Alguém manda em mim, mas, quem manda em quem manda em mim? “ Quem manda quem nos manda? Quem ensina quem nos ensina?
Não, não parou por ai. Foi um desfile de apresentações, reflexões, frases… e Leila num ápice de superação provoca: “Antes de mudar seus caminhos, mude sua mente …você só precisa perceber por onde tem andado? Pode????
E Rafael fecha com chave de ouro. “Deus está morto!!!!” Dentro de nós.
E…eu não queria, mas acho que vai ser assim, setembro me despertou!
Sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser, dá  para mudar o final! Eu queria!