Agosto se foi e se
agostei, nem sei. Setembro chegou e
quero setembrar, desabrochar como a primavera!
Assim neste estado de
ser, saio hoje para dar uma caminhada e aproveitar o sol que brilha intensamente
aqui no coração do Brasil.
Apenas ando, alheia a
tudo “olho a cidade ao redor, mas nada me interessa, eu nunca volto atrás” (Ana
Carolina). Assim pensava eu também há não muitos anos atrás.
Voltar atrás? Eu?
Nunca, dizia eu muito segura de mim a uma amiga! Essa possibilidade, minha
amiga, afirmava eu… é impossível!
Isso foi lá, quando eu janeirava no orkut em
2008, e quase que sem querer, um anjo assoprou no meu ouvido um nome …! Depois
disso, o que tenho feito é quebrar paradigmas, sair da normalidade e tentar
construir outras possibilidades. Quase impossíveis diga se de passagem.
Penso nisso e em um monte de outras coisas… a
gosto do agosto que se vai, levando o que a ele pertenceu, penso no que eu
queria, ou melhor no que não queria! Não quero, não queria pensar.
Caminhando sem nenhum outro compromisso que não
fosse curtir o sol, sem pressa de chegar a lugar nenhum, continuo com Ana
Carolina…. Olho a cidade ao redor, mas nada me interessa, eu finjo ter calma, a
solidão me apressa. São tantos caminhos sem fim de onde você não vem…. E parece
que estou perto de escolher um desses caminhos e isso me assusta, estou por um
fio.
Corro de te esperar, de um nunca te esquecer…
desvio o pensamento! Eu queria… rio interiormente. Minha mente que é cheia de
fazer sinapses e conexões, acessa a carinha de Isa, olhando pra mim com aqueles
olhos azuis lindos e dizendo:
-- Ah! Tia Cássia eu quilia… Não pode Isa!
-- Ah, mas eu quilia!
Vou um pouco além e me vejo lá atrás, na
adolescência quando minha mãe me pedia ( na verdade me mandava ehehe) fazer
alguma coisa e eu dizia:
Ah mãe, eu não queria fazer isso!!!! Ai ela me
dizia… Eu também faço tanta coisa que eu não queria.
Na época eu não entendia isso. Hoje entendo, ah,
como entendo! Ela não queria sofrer, ela não queria… ela tinha sonhos, ilusões,
mãe é gente como a gente!
Entendi que ela também não queria que eu
sofresse, ela queria poder me dar coisas ela queria, ela não queria! Eu queria,
eu não queria! Ela me ensinou a ser isso! Uma guerreira. Ainda assim, essa
semana eu não queria! Aliás, eu não queria, assim como minha mãe, que um monte
de coisas tivesse acontecido, eu também não queria pensar nelas, mas tem vezes
que é inevitável. Não queria ir para a profundidade do ser ... inevitável
e uma pergunta me ronda, será que teria sido diferente se nada tivesse
acontecido, será? Nunca vou saber!
A última semana de agosto foi intensa. Eu não
queria! Não que eu não quisesse, ir, participar ou seja lá o que for. O que eu
não queria era me aprofundar!
Fui com esse intuito, xicara vazia para aprender
a ser alguma coisa, mas não me aprofundar em nada. Ouvi um milhão de vezes as
pessoas me dizendo. Você não precisa disso! Você não precisa.
Sim, vocês estão certos, provavelmente não
preciso, não precisava. Mas não tenho escolha. Se tenho que ir, vou aproveitar
o máximo. Vou resgatar alguns referenciais de vida, saber conhecer, saber
ser econviver, saber fazer. Vou aprender a conhecer, aprender a ser e conviver
e aprender a fazer!
E eu que não queria me aprofundar, não consegui
segurar a emoção quando ao aprender a conhecer e a conviver mais intensamente
com algumas pessoas que não “conhecia”, fui surpreendida com presentes
maravilhosos.
Começou com uma lição de amor com Corinthios
13 que eu amo… ainda falasse a língua dos homens ou a língua dos anjos sem AMOR
eu nada seria! Depois vem Giovana, dando um banho de amor e ainda traz Gilberto
Gil … o amor da gente é como um grão, uma semente de ilusão, tem que morrer pra
germinar. Plantar n´algum lugar, ressuscitar no chão, nossa semeadura. É,
a vida é assim, assim também é o amor. Acho que estou sensível e a coisa vai
mexendo lá no fundo!. Eu não queria, juro!
Mas ai, vem Paola com a síndrome da normose de
Roberto Crema e Pierre Weil et al.. que é uma das coisas que eu luto sempre
para não acontecer comigo…, e ela diz… “os perigos de cairmos na prisão de não
saber quem somos e cair na síndrome da normose “ e com isso nos adaptar a um
sistema doente como faz a maioria e não investir na alma e na consciência!
E eu não queria me aprofundar. Mas Vitor
arrebenta com uma reflexão profunda sobre nós e aqueles aos quais “temos”,
teórica ou praticamente que obedecer:
Foi assim: Alguém manda em mim, mas, quem manda
em quem manda em mim? “ Quem manda quem nos manda? Quem ensina quem nos ensina?
Não, não parou por ai. Foi um desfile de
apresentações, reflexões, frases… e Leila num ápice de superação provoca:
“Antes de mudar seus caminhos, mude sua mente …você só precisa perceber por
onde tem andado? Pode????
E Rafael fecha com chave de ouro. “Deus está
morto!!!!” Dentro de nós.
E…eu não queria, mas acho que vai ser assim,
setembro me despertou!
Sei que não dá para mudar o começo, mas se a
gente quiser, dá para mudar o final! Eu queria!
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