quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Era carnaval.


O corpo tem uma memória fodástica..........!

Hoje já chorei aos montes sem entender a causa!
Tento investigar buscar dentro de mim motivos para tamanha angústia, já que por aqui está tudo em ordem...,  saudades? Não, essa é normal e vitalícia.. é isso ou aquilo? Inquietude? Normal também, ausência de respostas - não.
E então??? Nada, pelo menos aparentemente, mas ninguém fica assim ensimesmado, encaramujado sem motivos. Até que num dado momento, já no fim da noite, estou descansando no meu quarto, com o pensamento lá longe e de repente, sem mais nem porquê sou acometida por câimbras insuportáveis nos pés..., daquelas que me fazem torcer o corpo, quase gritar de dor! Estranhei, assustei,  quase chamei minha mãe para me socorrer. Não quis preocupá-la, calei, encolhi na cama, aguentei firme e me aquietei...esperando passar.
Pensei: Nossa, faz muito, mas muito tempo mesmo que não tenho isso, o que será que aconteceu comigo?
De repente, num flash entendi... se a memória quer apagar algo, o corpo não permite.
Então é isso, não podia passar batido não é mesmo alma? Estava indo tudo tão bem, mas você tinha que se manifestar, tinha que lembrar, tinha né? Você é mesmo ... nem sei o quê!
E ai vem tudo.. todas as memórias, sem filtro, sem reservas e me açoitam sem dó...
Há exatos três anos e trezentos e sessenta e quatro dias hoje, faltando apenas vinte e quatro horas para quatro anos foi a última vez que isso aconteceu nessa proporção. Gritei, me contorci e me constrangi!
Era carnaval e eu estava lá..., levei  o melhor de mim naquele momento,muito amor acrescido de um medo, não infundado, da rejeição!
Acordei gritando.... Aiiiiiiii Lbs... que dor! Acho que não sei..., mas não me leve a mal, era carnaval e eu só queria dar amor eu sempre quero, só queria ser aceita! Não me leve a mal.. era carnaval, e eu estava despida de mim e vestida de sonhos!
Só posso dizer que as consequências foram desastrosas.
Paro por aqui! Aiiiiiii............. como dói! Quer construir outro carnaval? Ainda temos tempo!

Há controvérsias!



Guardadas as devidas proporções, sou fã de OSHO ou Bhagwan Shree Rajneesh como foi conhecido na década de 70. O cara tem uma história cheia de altos e baixos, controversa, foi preso nos EUA, expulso da Grécia, proibido de entrar na Alemanha, uma vez que suas ideias foram consideradas como ameaça às tradições religiosas e política desses países. Se redimiu, foi aceito se mostra como um ser resignado tal qual o significado do nome que adotou -  a expressão OSHO designa um ser resignado, uma pessoa que dedicou a vida para disseminar sua experiência da verdade? Há controvérsias..., whatever. O cara tem história, publicou um montão de livros e suas frases correm soltas na língua das matildes... ou das mídias sociais, internet, sites etc..etc.. E é sobre isso vou falar .
Li recentemente uma frase que foi atribuída ao tal.


Essa frase ficou pululando na minha cabeça, pensei, não é possível que seja assim tão radical, para tudo tem uma solução! Pensei, pensei e … me lembrei do meu querido amigo Saint-Èxupery, com o Pequeno Principe e sua rosa.


Claro, não resta dúvida... a solução é simples, se você ama uma flor, não precisa colhê-la, pois ela pode morrer e deixar de ser o que você ama. Você poderá observar em que situação ela se encontra: Se estiver plantada em um vaso você sempre poderá tê-la junto de ti aonde quer que você vá, dessa forma não precisará colhê-la, apenas cuidar para que não morra, assim, ela se sentirá amada, florirá cada vez mais e você sempre poderá admirá-la. Se você sentir que ela está enraizada, você poderá, com certeza resgatá-la, plantá-la perto de você e cuidar dela com tanto carinho que ela ficará viçosa e estará e será para você, pois o tempo que você dedicar à tua flor a fará se sentir tão amada, tão apreciada que jamais deixará de ser a flor que você ama. Tendo-a perto de ti, a possua sem possuir..., dê a ela mobilidade e ela será sua para sempre.
Portanto caro Osho, para toda verdade há uma contra verdade... não possuir, não significa necessariamente não estar junto, quando se muda algo de lugar, a vida vai junto! 
Obrigada Saint- Èxupery pela poesia que me tomou nessa hora!
Para tudo há uma solução - é possível ter a flor que se ama sem mutilá-la, sem colhê-la.
Assim afirmo, há controvérsias!