terça-feira, 11 de novembro de 2014

“Consummatum est”!





Está consumado, aconteceu por escolha espontânea, autônoma e pura. Em um processo de recolhimento profundo, onde a única voz que se ouvia era a do coração, ainda assim, apenas em murmúrios. Aconteceu em meio ao profundo tumulto interno, quando parecia que o mundo ia desmoronar.. mas aconteceu no tempo que tinha que ser, afinal a vida é feita de ciclos, de fases, de tempos.
E, há tempo para todo o propósito debaixo do céu(Eclesiaste, 3). Há tempo de nascer e tempo de morrer; de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de chorar  e tempo de rir;  tempo de prantear e tempo de dançar; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar.
Tempo de buscar e tempo de deixar; tempo de guardar e tempo de lançar fora.
Tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e é neste tempo que quero manter minha vida que sempre foi pautada em muito AMOR! Tempo de paz; tempo de encontros e despedidas e de momentos que se eternizam na memória. E com certeza, são esses que levarei comigo... o melhor destes 21 anos nos quais pude compartilhar com todos: colegas de trabalho, parceiros e empresários, os ideais desta empresa!
A vida é feita de escolhas e neste momento escolho alçar novos võos, seguir novos rumos, trilhar outras trilhas, sair do casulo, virar borboleta... fazer a travessia para o vasto universo de possibilidades que me oferece o "mundo lá fora".
É com a alma tranquila e segura e com o coração cheio de saudades que lhes digo que há sete dias conquistei minha independência. Chegou a hora da despedida de um grande ciclo que tive o rpivilégio de viver com vocês companheiros de viagens, de lutas, de sonhos e de muito trabalho.
Todas as palavras que disser agora sobrarão ou faltarão para expressar os sentimentos e emoções que me tomam neste momento, portanto, digo apenas que:
Me despeço com a consciência do dever cumprido, feliz por ter tido oportunidade de exercer a mais nobre das funções atribuidas ao ser humano, da qual sempre me orgulhei e me orgulharei, a função de fazer a diferença na vida das pessoas e contribuir com o seu crescimento.
É com profundo sentimento de respeito,carinho  AMOR que deixo a todos meu um enorme abraço dizendo que:
"Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo é um imenso prazer e uma honra compartilhar um planeta e uma época com vocês" (Carl Sagan).
Estejam certos de que, aonde quer que eu esteja, lembrarei sempre com imenso carinho de cada um! Vocês fizeram uma ENORME diferença na minha VIDA! Minha eterna gratidão!

Com estas palavras, me despedi da minha equipe; com estas palavras me despedi de todos e...tudo aconteceu como tinha de ser. Com emoção, com circunstâncias, com dores e alegrias e principalmente com muita sabedoria, desapego e serenidade.
E os relógios que pararam continuam parados e em homenagem à minha escolha - coincidência ou não- ganhei outro que está a pleno vapor, marcando cada minuto já que o tempo não para...um relógio novinho que funciona direitinho marcando o tempo deste novo tempo. Assim, não há tanta urgência em colocar os outros em movimento, tudo acontecerá no seu tempo.
What´s done, is done! O que está feito, está feito. Enquanto saturno ainda transita sob o sol de escorpião e por ai deve permanecer por aproximadamente dois meses as mudanças profundas por ele provocadas ao longo dos dois anos e meio que ele esteve ai estão se concretizando.
O fato se consumou a exatos sete dias, tempo de ressurreição, renascimento...tempo de ressurgir esta nova mulher, que ainda está se transformando! E os sentires aos pouco vão se acomodando, vão tomando forma, ocupando agora confortavelmente o enorme espaço que sobrou para acomodar aqueles mais profundos, consolidados e eternos, antes encolhidos e tumultuados e deixando espaço para novos sentires.
E, embora as coisas ainda caminhem a passos lentos, as providências urgem e milhões de coisas surgem a todo momento.
Eu, no entanto, sigo sem pressa no meu novo ritmo, certa de que DEUS sempre faz as coisas certas na vida da gente... os projetos e sonhos ali...e  com um passo de cada vez chegarei lá!



domingo, 2 de novembro de 2014

Estagnação !





Dizem que 2014 foi o ano que não existiu, ano inócuo e infrutífero para o pais, não sei se posso dizer que para mim também com este grau de severidade, mas que algumas coisas ficaram suspensas na minha vida, isto não posso negar! Lá no fundo... fiz um monte de coisas e quase nada! Patinei... derrapei, não flui!
Janeiro...férias, depois carnaval, páscoa, copa do mundo, e outros tantos feriados emendados e lá se foi o primeiro semestre! Ah! Este ano ainda teve a festa da F.E. A festa da F.E deixa todo mundo louco. É uma exigência sem fim! Me convocam das férias, realizo, executo com o sucesso de sempre...mas algo me parece estranho, parado.
Ai, preparação para eleições, e exigências, metas, metas, metas...todas cumpridas com propriedade mas e eu?? E depois, depois, depois...e tudo me parece estático.
Este ano, minha produção intelectual está equiparada à vergonhosa taxa de crescimento do Brasil... que “pela previsão do FMI, deverá ficar abaixo da média global, que também foi revisada para baixo e agora está projetada em 3,3% em 2014 e 3,8% em 2015.
Não consigo fazer nada além daquilo que é estritamente necessário! Estagnei!
Estagnação é uma palavra muito forte Cássia! É o que tenho ouvido quando confesso aos poucos que converso sobre mim, o estado em que me encontro. Mas não existe outra palavra!
PAREI!!!! Simplesmente PAREI! E digo para uma das minhas gurus...please  amiga, me diz em que pé se encontra o transito de saturno?
Ihhhh...! Saturno está em escorpião já há dois anos e a sensação que você vai sentir é esta mesma. Parece que está tudo parado, mas, nas profundezas tudo está em movimento, esta é a caracteristica de saturno... está processando transformações profundas e quando este transito acabar, você terá consolidado mudanças sólidas e bem estruturadas.
Que estava tudo devagar já não era novidade para mim, mas, minha vida estacionou no dia 22 de setembro, no exato momento em que sai do prédio da Previdência Social, quase que flutuando de tão leve. Levezas à parte de lá para cá o que tenho feito é aguardar!
O tempo parou alguns quatro ou cinco dias depois, ao ouvir coisas doidas e que me pareceram tão inadequadas para o momento, o tempo parou no amor do presente, no sentir tão atual e verdadeiro, nada passado... 
O tempo parou no momento que fiz a minha escolha, tomei a decisão de mudar a minha vida... sob o trânsito de saturno com suas mudanças profundas e consolidadas... o tempo parou no meu ciclo nômade de idas e vindas....
E o tempo parou novamente quando ao embarcar no Cometa de Campinas para São Carlos olho no relógio...20h! Me ajeito na poltrona de número 8 - minha preferida -  estou cansada, penso, sinto saudades, o cansaço me vence, durmo...acordo na parada: “ Vinte minutos para lanche”, anuncia o motorista! 
Olho no relógio, ainda adormecida...20h, pensou : Oba... vou chegar cedo, vai dar para fazer a apresentação que não consegui fazer durante a semana e descansar! Estava dormindo, claro, acordo de um susto... oito horas? Não é possível, meu DNK from NY parou literalmente, chacoalho, bato, nada! Meu relógio parou... o tempo parou!
Faço tudo que preciso fazer durante a estada, com o relógio colado no pulso...sem horas, ora!
Sem horas, já em casa...ignoro o horário de verão,
Minha vida parou... estagnou! Constato isso, já em casa, na segunda feira, quando escolho outro relógio para ir trabalhar...escolho o SWATCH de correia de silicone azul... parado, o branquinho – parado – o de correia pretinha? Parado, O Swatch dourado? Parado... Mondaine? Parado... não é possível penso, todos...todos os meus relógios estão parados???? O tempo parou... mas o tempo não para!!!!
Parou para mim, por algum motivo! Já na cozinha para tomar meu café da manhã, vou conferir as horas no relógio de parede e ...e???? Parado! CHOQUEI !!!!
E agora??? Não gosto de ficar pegando o celular toda hora ! Me lembro do delicado reloginho de corda dourado que papai me deu quando fiz 18 anos e que fica guardado na sua caixinha de veludo como relíquia...como lembrança gostosa de tempos idos... do passado! Mas não se pode olhar o passado, nada de passado, cartinhas, anéis, e talvez até os reloginhos, quem sabe? É o que me dizem... apego ao passado? Deixa prá lá... Outra hora penso nisso, ora! Agora não dá... preciso pensar em mim!
O tempo que não para, parou para mim as 20 horas do dia 16 de outubro de 2014 ( o ano que não existiu, e que portanto, nada aconteceu) antes do horário de verão, em Campinas – São Paulo!  Por que???
Ainda não sei. Estagnou... preciso fluir, minimamente que seja, preciso saber das horas ora, então todos os dias pela manhã, dou corda no reloginho para que ele consiga funcionar o dia todo e, ..., todos os dias, desde então, ao levantar pela manhã me sinto como o reloginho que precisa de corda para funcionar! 
Estagnação, esta é a palavra! Até depois de amanhã, quando, a vida recomeça e todos os relógios voltarão a funcionar! 
Então terei iniciado a "travessia",  terei saido do casulo e estarei fortalecendo as asas para voar!
Virei borboleta!

Mas o tempo... este não para! 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Reminiscências e Referências





É, parece que hoje não vai ter jeito mesmo. Parece que não conseguirei escapar dela. Deve ser efeito da SUPER LUA que hoje está mais maravilhosa do que nunca. Já tem alguns bons dias que ela vem me rodeando, mais do que uns dias, uns dois meses para ser mais precisa.  Olho no espelho, procuro desviar daquele olhar acusador e fujo dela. Caminho pela rua tentando me desviar dela. Fui para o Porto Seguro, de férias, consegui enganá-la, viajei para Manaus e mesmo lá nas alturas, fugi dela... em Camboriú, foi muito difícil confesso... ela quase me pegou, Buenos Aires.... foi fácil não encontra-la, a companhia da amiga de viagem me absorveu a maior parte do tempo livre..., mas hoje, hoje não vai dar, ela me assedia, me olha com aqueles olhos que mudam de cor com um ar acusador, e eu me rendo!
- Diga lá Chpz, o que é que há?
- Preciso muito falar com você, não percebe?
- Sim, percebo. Você é que não percebe que eu estou ocupadíssima e que preciso estudar respondo irritada.
Mas ela é extremamente insistente, não se rende e sinto que enquanto não ouví-la, não terei sossego.
- O que você quer?  Pergunto irritada. Ainda sobre aquele assunto?
- É, responde ela meio desolada. É sobre aquele assunto. Arrisco uma escapada. - Você não conversou com sua terapeuta? Conversei e nestas alturas ela, a Chpz, também se irrita. Falei com ela, mas quero falar com você. São algumas reminiscências continua ela num só fôlego aproveitando que atraiu minha atenção. São coisas que estão me incomodando. 
- Sabe o que é? Pergunta ela e segue ...Naquele dia que liguei pra conversar,  não falei tudo pra ele... sabe, sobre os encontros, sobre como me senti em cada um.... aquelas coisas. Não quis me aprofundar, estava doida com a história do "meu bem", aquilo me tocou muito mesmo.
- Tudo bem, então Chpz vamos às reminiscências, eu sei que você o ama, então diga-me com toda franqueza o que aconteceu. 
Ai ela desaba: Sabe aquela primeira vez? Aquela em Arrqr, que ele disse que meus olhos mudam de cor e que eu parecia uma menina?
Sim, sei, você me contou isso, o que aconteceu? Por que não deu certo? Qual a sua percepção sobre isso?
Ele ia me descartar naquele dia Cássia, ele disse que eu era uma mulher maravilhosa e tals e coisa, mas.....! Esse mas deixou tudo no ar, tudo como se fosse me descartar a qualquer momento e eu fiquei em suspenso, com medo. Além do que, tudo aconteceu sem acontecer, sem prever, sem... sei lá, nossos corpos ainda não estavam acostumados um com o outro. Na verdade, era a primeira vez que ficávamos assim juntos... e, você sabe.. eu sonhei que seria diferente! Você sabe, eu sou uma m... de uma romântica. Queria situação, clima, romance. Não esperava que acontecesse daquela forma e mais, parecíamos dois adolescentes fazendo coisa errada. Eu estava livre, mas tive a impressão que ele estava se sentindo culpado então, não quis ser o motivo de mais culpas. Ai, foi tão doido! 
- E você falou isso pra ele? Perguntei. Não, não falei! Só falei aquela história da outra vez, quando te contei que me senti a pior, ao ouvir dele que não tinha nada melhor pra fazer, por isso aceitou minha companhia. Você me conhece, sabe que eu estava apaixonada por ele, eu sou apaixonada por ele, mas ainda assim, não podia aceitar ser uma opção de diversão de fim de semana. Você me entende né? Ela me pergunta aflita. 
-Tudo bem, entendo e te perdoo. Talvez a gente devesse parar por aqui, não Chpz? Perguntei. 
-Não, quero ir até o fim, preciso zerar essas reminiscências dentro de mim.  Quero te contar como foi lá no Chuí (Vdr), no carnaval de 2010. Viajei um dia e uma noite por terras desconhecidas, com o coração apertado, constrangida por tê-lo feito ir me buscar longe também. Cheguei cansada, só querendo um abraço.... só um abraço de conforto pra matar as saudades e me confortar do estresse da viagem. Quando o vi me esperando na rodoviária, de madrugada, também cansado meu coração se enterneceu, me senti segura. Desci do ônibus quase chorando, olhei pra ele e disse, me abraça e você sabe o que ouvi? Claro que sabe, mesmo assim, vou te dizer. Ouvi um: - Cuidado para não sujar minha camisa de batom, ganhei esta camisa de alguém muito especial, que não era eu, é claro. PQP.... desabei, engoli as lágrimas, pus um sorriso amarelo madrugada nos lábios e morri por dentro. Aguentei firme, pensei: - Não atravessei o país quase inteiro para ser vencida por isso... eu o amo, só precisava de um tempo para me ajustar. Não tive. E isso foi o mínimo... lá ainda teve a história do vestido longo estampado de azul que lembrava alguém especial e a história de rejeitar minha mão e enfim... paro por aqui. 
E então amiga, me diz Chpz com a voz embargada, quem nesta história toda, rejeitou quem? Não, em tempo algum me posicionei como vítima,  ao contrário, carreguei a culpa de achar ter feito algo errado por muito tempo...muito mesmo, mas..., vamos e convenhamos né? Benditas as terapias Cássia, benditas as terapias que ajudam a  nos situar na realidade e da realidade.
- Você ainda está magoada Chpz? Pergunto. Não, não estou mesmo, já passou, mas gostaria de ter falado tudo isso naquele dia, assim ele saberia que não o rejeitei em tempo algum, saberia que toda ação tem uma reação e que gostaria muito de começar de novo em outras condições. Não consegui chegar até o fim, mesmo que esse fosse o propósito. Drª Daniela me ajudou muito e você sabe disso. 
Acho que na verdade ...bom, deixa pra lá.....

Gostaria ainda que ele soubesse que o que ele chama de “ser usado” eu chamo de referência. Ele é uma das minhas mais fortes referências de vida. Tenho um respeito incondicional por ele. Gosto de ouvi-lo, gosto de trocar ideias com ele, gosto de quando ele me situa... me ajuda a ver coisas que às vezes me passam batidas. Isso soa como usar alguém? Na verdade, descobri que tenho apenas três referências: eu mesma, ele e minha família.
E que quando o chamava de “meu bem” em algumas situações, diferentes, em tempo algum foi em tom ou intenção depreciativa e se foi, certamente foi depreciando a mim mesma e minha ignorância sobre certos assuntos. Chamá-lo de meu bem na minha cabeça estava muito longe de ser algo ruim, é a minha forma humilde e sem graça de admitir que não sei de algumas coisas que talvez deveria saber, mas que ele, como sendo uma referência poderia me ensinar.E neste caso específico acho que quem ficou devendo desculpas fui eu por não ter percebido antes que o incomodava, por não ter percebido as circunstâncias dele. 
E finalmente, descobri Cássia, que da minha parte, o que existe é um amor, uma ligação de alma muito profundos que estão longe de ser uma dependência. Vivo a minha vida muito bem, mas sinto saudades e sinto muito mais do que isso... muito mais mesmo! E essas são as reminiscências de uma vida passada, são déjà vu´s”  que tinham que acontecer e aconteceram, foram superados e nos permitem seguir em frente com mais sabedoria, humildade, sabendo que sempre se pode construir coisas boas sobre esses grandes aprendizados. Sabendo que somos o que atraímos e que podemos usar toda essa nossa força, essa combustão, essa ebulição para realizar coisas lindas. Que esses paradigmas chegaram à exaustão e que sempre se pode construir novos paradigmas a partir dos aprendizados. Certamente tínhamos que passar por isso para aprender alguma coisa.Creio que a minha lição, consegui assimilar. 
Sabe Cássia, disse-me Chpz, naquela simplicidade que lhe faz peculiar.  - Perdoei a todos e a mim mesma, deixei o passado ir, estou livre e leve esperando ansiosamente o que me aguarda agora, contando sempre com a justeza divina e agradecendo a DEUS por todos os meus sentimentos, que às vezes chegaram ao extremo do meu elástico, como uma parte necessária ao meu processo de evolução. Eu fui, sou e serei o melhor que posso em todos os meus momentos.
E quanto à referência - continuou ela-  me conhecendo como me conheço, sei que preservarei sempre os princípios e valores que fizeram  construir, tijolo sobre tijolo, aprendizado sobre aprendizado essa grande referência. Ele se tornou essa grande referência na minha vida, continuo a amá-lo e isso hoje me traz uma leveza...! Sou feliz, acredite!




É isso.. e aí  depois de me falar tudo isso, ela me olha com aqueles olhos que mudam de cor um pouco tristes  e cansados, marejados d´água e diz com um carinho tão intenso que me derruba...
Cássia, obrigada por ter dedicado um pouco do seu precioso tempo para me ouvir, você não imagina o quanto eu precisava disso e o quanto você precisava disso. Grata, muito grata mesmo, acho que por algum tempo você ficará livre de mim!
Meus olhos também se enchem de lágrimas e só consigo pronunciar num murmúrio semi-mudo,.. 
Chpz, há quase sete anos convivo com você e o que posso dizer é, me perdoe por não ter te ouvido antes, não quero ficar livre de você pois você é de uma importância vital para mim... sem sombra de dúvidas a minha melhor descoberta! O melhor de mim, minha fortaleza, a expressão dos meus limites mais rígidos e da força dos meus princípios, valores e ética. Você  é o pilar que me sustenta, você me segurou no colo sempre que precisei, você acalentou minha criança interior, entendeu as minhas dores, viveu o meu passado, encontrou a mulher que me transformei, portanto, vem cá, se aconchegue no meu coração, com toda a sua ingenuidade e meninice que ora se contrapõe à maturidade, com toda a intensidade e profundidade dos seus sentires, eu te amo e sou muito GRATA POR VOCÊ VIVER EM MIM com todas as reminiscências e referências!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O pão nosso de cada dia.






Aí, a gente chega em casa em uma bela noite de domingo morrendo de fome, isso após quatro dias trabalhando exaustivamente durante 12 horas !
Primeira coisa... tira tudo que excede, deita no sofá, liga a televisão só para relaxar um pouco e a fome incomoda!
Aí, a gente quer comer pão... pão... pão! Só pensa nisso ou naquilo rsss...!
Quero pão, quero pão! Só por que pão é a única coisa que não tem!
Não podia ter fome de maçã, pera, banana, morango, mamão, iogurte, leite com ovomaltine...
ou o escambau a quatro, que Madame Frigidaire oferece? Não podia?
Não podia ter fome de ovo, bife, macarrão, queijo, geleia ou até de barra de cereal?
Chocolate? Não quero...
Nada disso, quero pão. Pão entendeu? Pão com manteiga, é isso!
O pão nosso de cada dia, é isso que quero. E não adianta insistir com outras coisas, quero PÃO!
E agora, o que fazer? É desejo, sim senhor! Aí, a gente conversa com os botões...
--- Quais são as opções? Hummm...
Opção número um, ir ao super e comprar pão. 
-- Não, está muito tarde e é perigoso sair sozinha a esta hora... penso no serial killer que anda assombrando as mulheres daqui! Não mesmo -- esquece esta opção!
Opção número dois... descobrir se tem algum delivery de pães por aqui...
-- Aãhnn... essa é uma boa chpz! Faça isso! Me digo isso e rio. É como se ouvisse uma voz autoritária, que conheço muito bem, me falando para fazer isso ou aquilo. Sinto saudades, acho que o dono dessa voz não sabe que as vezes gosto de ouvir aquele tom autoritário rsss...!
Eu gosto sim senhor, mas contesto, com certeza! Vozes e saudades a parte, lá vamos nós Chpz e eu, acionar o santo oráculo Google para ver se existe delivery de pão nesta terra de ninguém!
Me animei, um delivery de pães quase ao lado da minha casa, vai ser rapidinho, pensei. A alegria durou pouco, foi o tempo de eu ver um aviso bem pequenino ao pé da página - Dona Padeira não funciona aos domingos... que pena! E agora, Josephina?
Bom o jeito é me virar de outra forma, nos trinta de preferência pois a fome começa a apertar. Ainda conversando com o Google, pesquiso uma receita rápida de pão de minuto, verifico se tenho os ingredientes, tenho obaaaa... e lá vou eu... me aventurar em fazer pão!
Levanto do sofá de um salto, antes que desanime, faço alguns cálculos rápidos ao tempo em que saio pegando toda a roupa que preciso lavar e penso... enquanto Milady se abastece de água, faço a massa do pão, enquanto a ela bate a roupa, o pão descansa... enquanto tomo banho o pão assa , arrumo a cama, lavo a louça e o pão esfria e ai, pronta para me alimentar!
Assim o fiz...
E,  primeiro pão, como o primeiro sutiã, o primeiro beijo, o primeiro amor, o único amor a gente nunca esquece!
Amanhã, a vida segue vou comprar o pão nosso de cada  dia, pensar na saudade e nas outras coisas que me afligem e ver o que faço com elas, ...hoje estou muito cansada, quero só pão e cama!

domingo, 8 de junho de 2014

Ela se vestiu com as roupas da alma!



Decidida! Ela estava decidida a fazer nada naquele sábado!
Nada de trabalhos domésticos, nada de P.I , ela detesta ir ao supermercado, chama essa tarefinha chata de programa de índio (PI) na verdade ela não gosta de tumulto e supermercado aos sábados é sinonimo de filas, filas e mais filas. Ela encara isso pacientemente todos os sábados, mas não este!
Depois de conversar com as coisas, tomar tranquilamente seu café da manhã, já está decidida a ir ao Shopping – também tumultuado pensou ela – mas não tem jeito. Livraria Saraiva, só no Shopping Flamboyant,, Shopping Flamboyant, por sua vez, só aos sábados, durante a semana ela não consegue fazer isso, o tempo é curto.
Resolveu que faria isso sozinha. Queria estar só, caminhar só, olhar para tudo ou para o nada da melhor forma que lhe aprouvesse, sem precisar comentar ou justificar nada… queria apenas pensar sozinha! O medo de estar só não a apavora, aprendeu a ficar assim, gosta de estar consigo mesma e com os seus botões.
Apesar da terapia, queria pensar nos acontecimentos e queria fazer isso fora do seu habitat natural! Precisava olhar as coisas de fora…! Apesar de se sentir leve, está abalada com os fatos, com as respostas, enfim, em um caso, só queria compartilhar, só queria ser ouvida, queria carinho e em ambos, não quer julgar!
Ela é assim…
Com tais reflexões rondando o pensamento ela se apronta para sair!
Se veste com o estado da alma… como ela é, como se sente… com simplicidade! E não confundam, simplicidade não significa desleixo.Os sobrinhos dizem que ela é arrumada até para dormir! Ela sorri ao pensar neles...! Ela sorri com o carinho da observação!
Os amigos próximos costumam dizer que ela é a melhor amiga que se pode ter, humilde, simples, carinhosa elegante, alegre, brincalhona, de um senso de humor fino e requintado como poucos e que costuma fazer graça com as próprias mazelas.
Os não tão próximos dizem que ela é gentil e elegante no trato  com as pessoas, dizem que ela é alegre e bem humorada! É o que dizem…
Enquanto se veste, ela pensa, gostaria que ele tivesse se permitido conviver mais, conhecer este lado divertido e bem humorado dela..., gostaria de ter conhecido este lado dele também, ela sabe que ele também é divertido, o coração aperta, dá frio na barriga!
Se veste! Escolheu a calça jeans preferida, uma das mais velhas e confortáveis, um modelo requintado feita de um denim  macio e com um colorido diferente dos tradicionais , com  recortes laterais, sem bolsos, modelando seu corpo de manequim 38 com perfeição. Para combinar, vestiu uma camiseta branca básica de alcinha, sobrepondo a ela uma blusa de telinha colorida de cores suaves com tons verde água, rosa claro e pastel  tingidas em tie die e com pequenas lantejoulas quase invisiveis aplicadas em espaços longos. As cores conferem à blusa um toque suave de nuvem colorida, num misto das cores do nascer do sol no horizonte refletindo pontinhos brilhantes de orvalho salpicados aqui e ali na relva molhada, dando um toque de brilho discreto.
Completou o visual com um brinco de plástico cor de rosa que tem um efeito furta cor surpreendente aos olhos de quem vê, com colar inseparável com o anel dos princípios e o das sete felicidades usados como pingente, ambos presente dos homens da sua vida (do amor e do pai) e no dedo do meio da mão esquerda coloca o anel de acrílico rosa, calçou um sapato de lona em tom pastel com solado anabela macio e confortável e lá foi ela. Simples assim.
Se sentiu vestida com o que lhe ia na alma…. Com o que lhe ia na alma, pensou, também será a refeição. Sozinha, seria mais fácil escolher o cardápio, nada sofisticado. Decidiu, já antes de sair, que comeria um crepe de queijo com  tomates e manjericão, passaria na sorveteria e  tomaria um sorvete de torta de limão com bem casado e depois iria na livraria para escolher os livros que compraria com o vale livros que ganhou. Feito isso se sentaria no café ao lado da livraria para tomar um bom café, folhear os livros e ficar apreciando o movimento das pessoas, coisa que ela gosta de fazer quando está só! Como boa observadora, gosta de observar comportamentos. Assim o fez!
O passeio contemplava só mais uma etapa, e foi nessa que ela se surpreendeu! Planejou que passaria no Empório que fica no Shopping para comprar os deliciosos pães ciabata. Ela ama pães, principalmente os italianos e os do empório são perfeitos!
Geralmente costuma caminhar alheia a tudo, tão absorta fica em seus pensares. Assim seria também dessa vez, não tivesse ela percebido que atraia olhares ao atravessar toda a extensão do Empório, que também é um restaurante, até chegar na loja de pães..., fez o caminho de volta com certa timidez, chacoalhando em uma das mãos a sacola com os pães, tentando vencer a timidez diante dos olhares que persistiam, vence o espaço até a porta e sai em busca do caminho de casa, o passeio se encerrava ali, a interrogação não. O que pode atrair a atenção para uma mulher que veste o corpo com as roupas da própria alma,que traz no semblante olhar meio que desamparado, meio que perdido, afogado em pensamentos e carregado de tristeza?
Ao chegar em casa, vai direto para o quarto se despir e dá de cara com sua figura no espelho, então entende o que aconteceu. A face rosada, a boca em  um batom vermelho carmim confere vida ao rosto que  senão tão bonito traz em si uma expressão interessante onde se encontram cravados um par de olhos que mudam de cor  e que naquele exato momento mudaram de cor, estando contraditoriamente suaves e em tons meio que esverdeados, de um verde-escuro profundo como um  poço sem fim e entristecidos, mostrando apenas o que lhe vai  na alma, misturado àquela expressão de menina perdida que um dia alguém  notou. E, vestida naquele corpo  bamboleante de mulher ela parece jovial, menos séria, mais ela mesma, mais bonita, e assim, vestida de sábado ela ficou mais leve, mais rebolante, mais sensual. Isso sem dúvida, pensou ela, deve chamar a atenção.
E assim, vestida com as roupas da alma… ela quis que ele a desconhecesse para de novo conhecê-la, ela quis que ele reconhecesse o que ela tem de melhor, ela quis ser amada, ela sentiu saudades profundas!
Como pode caber tanto amor em uma alma??? 

sábado, 7 de junho de 2014

Tributo a Madame Frigidaire






Nem é tão tarde assim quando abro os olhos pela primeira vez nesta manhã… dou uma olhada no relógio… 7h30! Penso, cedo demais para o tão esperado sábado!
Lembro que hoje não tem diarista e me permito ficar na cama um pouco mais. Sei que não vou dormir, me acomodo quietinha entre os travesseiros e o edredon permitindo que as imagens gostosas dos sonhos da noite passeiem pelas lembranças. Deixo também fluir as lembranças dos acontecimentos estranhos, para ser suave, das últimas semanas. Decido que não vou permitir que “ninguém ande pela minha mente com os pés sujos” como diria Gandhi. De qualquer forma, me incomodo pois alguns fatos me fazem voltar a um passado não tão remoto, mas bem doido que pensei estar enterrado. Decido -- não, não vou permitir que isso me abale, me tire do prumo --  não vou! Percebo que enfatizar isso assim com veemência é uma forma de tentar me convencer que não estou abalada, o que não é verdade! Assustei...! Mas, tenho a consciência tranquila de que estou agindo de acordo com os meus principios de ética e respeito, o que no entanto,  não elimina a tristeza profunda que toma conta do coração. Enfim… 9h04 a cama ficou com espinhos… hora de levantar! Percebo que estou faminta e me lembro que não como nada desde ontem no almoço!
Levanto! Sigo para a cozinha para preparar meu café da manhã, me aproximo de Madame Frigidaire (que na verdade é uma Cônsul rsss…). Ela me olha com aquele olhar frio e glacial, me acusando de deixá-la sobrecarregada! Diante dessa queixa fria e cheia de mágoa, representada no ronco pesado de Madame Frigidaire, volto aos bons tempos em que sentava no alpendre da varanda lá no Porto Seguro,  ouvindo Belchior junto com meu pai… o velho gosta! Cantarolo a canção…
Ando pós-modernamente apaixonado pela nova geladeira.
Primeira escrava branca que comprei, veio e fez a revolução.
Esse eterno feminino do conforto industrial injetou-se em minha veia, dei bandeira! e ao por fé nessa deusa gorda da tecnologia gelei de pura emoção!"
Bom… não estou assim tão pós modernamente apaixonada por Madame Frigidaire, mas com certeza não consigo imaginar minha vida sem ela, assim, tenho que admitir que ela está certa. Tem trabalhado muito, está bem sobrecarregada, as acusações tácitas e gélidas que ela me faz de preservação do meio ambiente, consumo de energia em excesso pela sobrecarga fazem sentido, mas… Madame Frigidaire, revido com a mesma frieza, quem paga a conta sou eu, hoje não temos diarista e temos sorvete no congelador, então garota, aguenta mais uma semana, sem stress OK? Não dá pra te desligar hoje, não dá para te aliviar hoje tá bom???? Conforme –se!
Falo isso como se estivesse falando para mim mesma, acalme seu coração Chpz, as coisas são como são! Você não fez, mas fez! Simples assim, o seu coração sabe e isso deveria bastar! Mas não basta né??? Você queria mais, você queria ser acreditada…!
Continuo a tarefa de tirar os alimentos que compõe o café da manhã, tentando ignorar as reclamações de Frigidaire e as do meu coração também. Me volto para o único elemento masculino da minha cozinha, Mister Dako.
Mr. Dako é um ser caliente, simpático e sempre pronto, basta provocar, basta riscar um palito de fósforo e encostar nele e ele se acende todo, faço isso ... enquanto preparo o café, ele me olha como que a dizer: ignore as reclamações de Frigidaire, ela é assim mesmo, frígida e sem sentimentos. Diferente de você, que se assemelha a mim, bem caliente, eu sei., sei que um triscar te acende, percebo pelo seus olhos, que hoje estão tristes… O que foi? Que pensamentos são esses que andam pela sua cabecinha?
Nada Mr.Dako, nada e fica tranquilo, hoje não faremos almoço. Decidi aproveitar aquele vale compras da Livraria Saraiva que ganhei dos alunos do Curso de Administração, em agradecimento à palestra que fiz para eles. Fique tranquilo Mrs. Dako, vou me para o Flamboyant. Vou  me misturar à multidão para confirmar a solidão e aliviar o triscar. E assim, enquanto o caliente e fogoso Mr. Dako prepara a água para o café e esquenta o leite, me dirijo à área de serviço onde me deparo com o sorriso escancarado de Milady, minha Brastemp, cheia de botões luminosos e com aquela bocona preparada para receber a roupa, Milady também tenta me consolar quanto à insatisfação de Frigidaire – liga para ela não, Milady parece me dizer – liga não, ela é assim mesmo cheia dos deleites da frigidez!
Rio de mim com esse episódio engraçado… só quem mora só mesmo para ter pensamentos assim dando vida e voz às coisas kkkk..., com isso o pensamento volta aos tempos de colégio, seria isso uma personificação, uma prosopopeia? Sim,  professora Silvia Jorge nos ensinou que personificação ou prosopopeia "é uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos"., foi isso que fiz.
Voltando...penso que no fundo, dou razão à Madame Frigidaire, ela, de todos esses personagens é a que mais trabalha, afinal, enquanto Milady bate a roupa apenas uma vez por semana e fica sempre limpinha e conservada e Mr. Dako trabalha só pela manhã e aos finais de semana, Madame Frigidaire trabalha ininterruptamente todos os dias da semana, trezentos e sessenta e cinco dias no ano, todos os anos desde que está comigo, sem parar, sem quebrar, merece cuidados especiais…  Fique fria Madame Frigidaire, vou cuidar de você e como disse Belchior, peço bis muito obrigada, apesar da sua frigidez!

"Inventores de Madame Frigidaire, peço bis! Muito obrigado!
Afinal, na geladeira, bem ou mal, pôs-se o futuro do país.
E um futuro de terceira, posto assim na geladeira, nunca vai ficar passado.
Queira Deus que no fim da orgia, já de cabecinha fria, eu leve um doce gelado"!

(Belchior)


https://www.youtube.com/watch?v=js9CIyvm9rE&feature=kp


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Era carnaval.


O corpo tem uma memória fodástica..........!

Hoje já chorei aos montes sem entender a causa!
Tento investigar buscar dentro de mim motivos para tamanha angústia, já que por aqui está tudo em ordem...,  saudades? Não, essa é normal e vitalícia.. é isso ou aquilo? Inquietude? Normal também, ausência de respostas - não.
E então??? Nada, pelo menos aparentemente, mas ninguém fica assim ensimesmado, encaramujado sem motivos. Até que num dado momento, já no fim da noite, estou descansando no meu quarto, com o pensamento lá longe e de repente, sem mais nem porquê sou acometida por câimbras insuportáveis nos pés..., daquelas que me fazem torcer o corpo, quase gritar de dor! Estranhei, assustei,  quase chamei minha mãe para me socorrer. Não quis preocupá-la, calei, encolhi na cama, aguentei firme e me aquietei...esperando passar.
Pensei: Nossa, faz muito, mas muito tempo mesmo que não tenho isso, o que será que aconteceu comigo?
De repente, num flash entendi... se a memória quer apagar algo, o corpo não permite.
Então é isso, não podia passar batido não é mesmo alma? Estava indo tudo tão bem, mas você tinha que se manifestar, tinha que lembrar, tinha né? Você é mesmo ... nem sei o quê!
E ai vem tudo.. todas as memórias, sem filtro, sem reservas e me açoitam sem dó...
Há exatos três anos e trezentos e sessenta e quatro dias hoje, faltando apenas vinte e quatro horas para quatro anos foi a última vez que isso aconteceu nessa proporção. Gritei, me contorci e me constrangi!
Era carnaval e eu estava lá..., levei  o melhor de mim naquele momento,muito amor acrescido de um medo, não infundado, da rejeição!
Acordei gritando.... Aiiiiiiii Lbs... que dor! Acho que não sei..., mas não me leve a mal, era carnaval e eu só queria dar amor eu sempre quero, só queria ser aceita! Não me leve a mal.. era carnaval, e eu estava despida de mim e vestida de sonhos!
Só posso dizer que as consequências foram desastrosas.
Paro por aqui! Aiiiiiii............. como dói! Quer construir outro carnaval? Ainda temos tempo!

Há controvérsias!



Guardadas as devidas proporções, sou fã de OSHO ou Bhagwan Shree Rajneesh como foi conhecido na década de 70. O cara tem uma história cheia de altos e baixos, controversa, foi preso nos EUA, expulso da Grécia, proibido de entrar na Alemanha, uma vez que suas ideias foram consideradas como ameaça às tradições religiosas e política desses países. Se redimiu, foi aceito se mostra como um ser resignado tal qual o significado do nome que adotou -  a expressão OSHO designa um ser resignado, uma pessoa que dedicou a vida para disseminar sua experiência da verdade? Há controvérsias..., whatever. O cara tem história, publicou um montão de livros e suas frases correm soltas na língua das matildes... ou das mídias sociais, internet, sites etc..etc.. E é sobre isso vou falar .
Li recentemente uma frase que foi atribuída ao tal.


Essa frase ficou pululando na minha cabeça, pensei, não é possível que seja assim tão radical, para tudo tem uma solução! Pensei, pensei e … me lembrei do meu querido amigo Saint-Èxupery, com o Pequeno Principe e sua rosa.


Claro, não resta dúvida... a solução é simples, se você ama uma flor, não precisa colhê-la, pois ela pode morrer e deixar de ser o que você ama. Você poderá observar em que situação ela se encontra: Se estiver plantada em um vaso você sempre poderá tê-la junto de ti aonde quer que você vá, dessa forma não precisará colhê-la, apenas cuidar para que não morra, assim, ela se sentirá amada, florirá cada vez mais e você sempre poderá admirá-la. Se você sentir que ela está enraizada, você poderá, com certeza resgatá-la, plantá-la perto de você e cuidar dela com tanto carinho que ela ficará viçosa e estará e será para você, pois o tempo que você dedicar à tua flor a fará se sentir tão amada, tão apreciada que jamais deixará de ser a flor que você ama. Tendo-a perto de ti, a possua sem possuir..., dê a ela mobilidade e ela será sua para sempre.
Portanto caro Osho, para toda verdade há uma contra verdade... não possuir, não significa necessariamente não estar junto, quando se muda algo de lugar, a vida vai junto! 
Obrigada Saint- Èxupery pela poesia que me tomou nessa hora!
Para tudo há uma solução - é possível ter a flor que se ama sem mutilá-la, sem colhê-la.
Assim afirmo, há controvérsias!