quinta-feira, 19 de março de 2015

Diva


O que é a previsibilidade? Grosso modo, diz o dicionário que " é quando o agente age de certa forma, em uma conduta, sabendo-se que se agir assim, o resultado é previsível". é assim a minha observação sobre determinados fatos, certeza que o sujeito observado agirá de tal forma e, pimba, acontece.
Tem gente que é tão previsível, mas tão previsível, que é possível saber exatamente quais serão os seus próximos passos, as próximas atitudes. Nada surpreendente ou incomum. Nada gentil, nada humano, nada humilde ou sábio,embora empunhem bandeiras de bons meninos ou meninas, embora se intitulem autoconhecidos e terapeutizados. A finalidade do autoconhecimento, caríssimos, como diz a própria palavra, é que a gente aprenda a se autoconhecer para não repetir no futuro, comportamentos que vêm comprometendo a nossa evolução até agora e não para justificar erros e espelhá-los nos outros.
Gente que sucumbe ao peso dos seus próprios padrões, nega a si mesmo e aos outros o prazer da generosidade de atos simples e se deixa iludir por parecenças, se deixa fisgar com as iscas mundanas dos padrões tântricos pré estabelecidos, tudo isto sob o discurso da "construção"! Previsível assim, do tipo, por que pensamos o que pensamos e que não é? E previsivelmente está se enganando mais uma vez!
Gente que se deslumbra com pouco, se  encanta e perde a noção, achando que o mundo é só aquilo mesmo, aquele momento. E quando encontra figuras padronizadas de mães, pais, terapeutas entre outras, dai... consciente ou inconscientemente, repete o padrão, jurando que não! 
Tudo igual, tal e qual… Entra ano e sai ano, entra vida e sai vida e continuam os mesmos, o mesminhos.
E, a previsibilidade dá uma canseira, afff… esgota a gente mentalmente.
Este exercício cansa, não há como não observar e perceber as coisas. Uma amiga postou recentemente uma frase que me apropriei... "não há como abafar os ecos de relações ou circunstâncias que um dia vivemos. Bom seria se houvesse. Assim como o amor define nossa humanidade ( no sentido de SER humano), a dor também define". Simples assim. 
Ahhh… que bom se eu fosse uma Diva,
Daquelas bem dadivosas,
Que entra vida e sai vida,
Ficasse ali verso e prosa.

E… Aquela gente encantada,
Que chegava e seguia,
Era disso que eu tinha medo
O que não ficava para sempre! (Ana Carolina)

E era tudo tão surpreendentemente previsível, que minha alma corajosa e guerreira sentia exatamente como seria cada por vir, mas ainda assim, seguiu em frente sorvendo cada gota daquele fel, não desistiu! Tinha que ser... foi. 
E você, se esconde porque?
Tens medo do que? Entenda, cada um é a sua própria ameaça,
Seus temores e seus grilhões estão no interior do seu interior…  e se refletem em mim, porque sim...por que o amor é mais forte!

Quem dera eu fosse uma diva
Daquelas bem dadivosas…. não me foi permitido ser, …, mas SOU!

Tenho e posso com muita intensidade, aquilo que tivestes medo de desfrutar!

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