domingo, 17 de abril de 2011

Escute, Zé Ninguém...

Ainda estou na caixa do vazio!
Estar na caixa do vazio significa passar um longo tempo fazendo várias coisas que não são nada, mas que podem levar à origem de tudo! Neste lugar tão meu, dedico  tempo para ler.......leio coisas diferentes que propiciam o aprendizado da vida, reflexões, pensares, faço artes, me dedico às minhas preciosas "criações" e, consequentemente reflito muito!
Entrei na fase "reichiana"... Reich nos leva à reflexão do tudo que podemos ser quando perdemos o medo de reconhecermos os "Zés Ninguens" que somos. E começa pelo zé ninguém de si mesmo.
Ele nos diz: Vou lhe dizer quem você é. Você se difere de um grande homem sob apenas um aspecto: o grande homem foi um dia um zé ninguém, mas desenvolveu uma única qualidade importante. Reconheceu a pequenez e a estreiteza de seus  atos e  pensamentos. Sob a pressão de alguma tarefa à qual atribuia grande significado, aprendeu a ver como sua pequenez, sua insignificância, punha em risco sua felicidade. Em outras palavras, um grande homem sabe quando e de que forma ele é um zé-ninguém. Um zé ninguém não sabe que é pequeno e tem medo de saber. Esconde sua insignificância e estreiteza por trás de ilusões de força e grandeza, da força e da grandeza de alguma outra pessoa...(REICH, Wilhelm. 2007, p. 11 ).
E por ai vai minha mente entregue a esses profundos pensares, cozinhando, remoendo, ruminando as idéias apresentadas por Reich sobre a consciência que temos, ou pior que não temos de quem somos e de qual nosso papel neste mundo, para onde caminha esta humanidade sem um minimo de humildade, sabedoria, paz&ciência e justeza.
E nos surpreendemos quando nos deparamos com grandes homens que não consideram "que o objetivo da vida esteja na riqueza, em casamentos socialmente convenientes para suas filhas, numa carreira politica ou em honras acadêmicas. Por isso, porque ele é diferente de você, você o chama de gênio ou de doido. Ele por sua vez está perfeitamente disposto a admitir que não é nenhum gênio, mas apenas uma criatura viva. Você o chama de a-social porque ele prefere ficar só com seus pensamentos a ouvir a tagarelice vazia de seus encontros sociais!
E ai [...]"você só reconhece a grandeza desses homens, zé ninguém, quando muitos outros zés ninguens lhe dizem que eles são grandes. Você tem medo de grandes homens, da sua intimidade com a vida e do seu amor pela vida..." (p.23). É isso.
E isso trata apenas e tão simplesmente de sermos verdadeiros conoscos mesmos e assumirmos a responsabilidade sobre nossas atitudes, nossa consciência enfim, sobre nossas vidas!

Escuta, zé ninguém... na caixa do vázio é assim! São reflexões profundas!

REICH, Wilhem. Escute, Zé Ninguém!  2.ed. Tradução Waldéa Barcellos.  São Paulo:  Martins Fontes, 2007.

Imagem caixa: http://www.acquamineira.com.br/

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