Ao finalizar o texto do post abaixo dizendo que - Não existe boa sorte, nem má sorte as coisas são como são - me vieram à mente os aprendizados preciosos que tive com meu amigo Miguel Ivan… senti saudades dos bons tempos em que nos reuniamos em nossa sala, ou, almoçavamos juntos quase todas as semanas e nos dedicavamos em nos aprofundar nas coisas da vida. Atitudes, posturas, coisas que nos incomodavam e que ao avaliá-las descobriamos que não tinham importância nenhuma diante da profundidade da vida e daquilo ela pode nos proporcionar de bom.
Então, pensei sobre ontem…onibus quebrado, gente reclamando, dizendo que aquele não era seu dia… que tinha levantado de pé esquerdo etc…. Não é nada disso pensei com meus botões, se trata apenas de um exercicio de paciência. Se quebrou, quebrou! Pensando ainda nessas coisas, me lembro da conversa que tive com seu Jorge na sexta-feira quando ele me falava da tomada de consciência das coisas que nos acontecem… e que, se acharmos que algo vai nos acontecer, acontece mesmo!
A sabedoria chinesa retrata bem esses acontecimentos, com o texto abaixo:
Conta a lenda, há muito tempo, que um homem ganhou um cavalo. Dizia-se à época que ganhar um cavalo era simbolo de sorte e riqueza. Seus vizinhos disseram:
- Mas que homem de sorte… E ele, imperturbável, respondeu:
- Talvez, depende…
Um dia, o cavalo fugiu, Os vizinhos disseram:
- Mas que homem de azar teve a alegria para depois perdê-la. E o homem mais uma vez respondeu:
- Talvez, depende…
Algum tempo se passou e um dia o cavalo retornou, agora acompanhado de vinte e cinco outros cavalos selvagens… Os todos admirados, disseram:
- Mas não é que o homem é mesmo um homem de sorte…
O homem, sempre tranquilo e imparcial respondeu:
- Talvez, depende…
Certa manhã, seu filho foi domar um dos cavalos selvagens e este o derrubou, quebrando-lhe a perna. Então os vizinhos disseram num só coro:
- Mas que homem de azar…
E como sempre, o homem respondeu:
- Talvez, depende…
Aconteceu que algumas semanas depois estourou a guerra e todos os jovens foram convocados, morrendo todos. Seu filho, no entanto, estava com a perna enfaixada e não pode ir… Todos os vizinhos mais uma vez, disseram:
- Que homem de sorte…
E o homem manteve sua resposta.
Isso nos leva à seguinte reflexão: Os acontecimentos da vida diária têm somente o significado que atribuimos a eles. Ou seja, não há boa sorte, nem má sorte, boas notícias ou más notícias; há somente notícias e fatos.A escolha sobre como vamos deixá-los impactar nossas vidas, é nossa. Podemos exercitar essas escolhas em qualquer circunstância, todos os dias. Ao considerarmos a importância dessa observação, entenderemos que ela é uma verdade profunda.
E entenderemos que na maioria das vezes – “Pensamos o que pensamos e que não é”!
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