domingo, 13 de maio de 2012

ÀS MARIAS - ÀS MÃES - À MINHA MÃE!



Faço hoje uma homenagem a três mães em especial (Maria, Cássia e Magaly), e em nome delas homenageio todas as mães do mundo. Começo humildemente rendendo homenagens à MARIA a mãe de todas as MÃES, mãe da minha mãe que com sua figura majestosa tem plena consciência dos domínios onde impera. Tendo sido a mãe de Jesus e passado pelas dores que passou ao ver seu filho sacrificado, vilipendiado e morto nas mais humilhantes condições, nos socorre nas horas difíceis, particularmente quando o coração fica apertado e a fé esmorecida.

Em todas essas horas, Maria a “Mãe Puríssima, Poderosa Senhora revestida da luz da Graça estará ao nosso lado” se fará presente basta  acreditar, basta chamar,  pois junto com seu filho Jesus “ conhece o nosso coração, conhece as pedras do caminho, ouve as nossas angustias e passa sempre à nossa frente e vai abrindo estradas e caminhos, portas e portões, casas e corações” e “leva todos os filhos sob sua proteção”.
E a todas as Marias , aquelas que são Aparecidas decididas que aparecem nas boas horas; às Cecilias musicais, charmosas, amáveis e expressivas; às Reginas réginas  resolutas rainhas de seus lares; às Helenas ...mulheres de Atenas que enfrentam os desafios com muita luz e àquelas que não são Marias mas que a representam: às Fabianas divertidas e engraçadas, leves e bravas... favas que crescem;  Marianes, gentis e familiares, suaves mas sisudas; às  Adrianas ativas e decididas; às Julias e Julianas  pertencentes à Julio e de mentes abertas; às Dinas e Enedinas com jeitos benevolentes e ainda às lúcidas , maternais, cuidadosas e amigas Valérias... dentre outras tantas... Anas, Ritas, Julias, Iracemas, Joanas, Carolinas que quando“tem a comida na mesa, agradece sempre a grandeza de cada pedaço de pão”.  E aquelas que trabalham arduamente:
[...] Zezé e o penoso balé de pisar o cacau;
Maria que amanhece o dia lá no milharal,
Joana que ama na cama do canavial; e...
Quitéria que colhe miséria quando não chove no chão...(Wander Lee)

E ainda às Cássias  distintas e sábias; charmosas amáveis e criativas e um tanto curiosas, em nome dessas homenageio àquelas que por condição ou opção não são mães de barriga, mas ainda assim têm os seus filhos e os ama com todas as dores e as delícias que de se sentir mãe,  ou,  não os tendo ainda assim são mães: mães de todos.  Esta sou eu que trago em mim todas as mães . Trago em mim um pouco de Marietta e Tereza, Rosa e Luiza, Philomena e Angelina, minhas bisavós e avós... tenho em mim um pouco das tias queridas que me embalavam, me colocavam sobre a mesa e me rodavam como uma boneca quando era bem pequena e ajudavam minha mãe ainda uma criança a cuidar de mim... Às tias Norma, Yedda e Neuza ( in memorian... que pena), Maria, Mariney e Alida que ainda estão neste mundo. Quero ser para minhas sobrinhas o que as tias foram e são para mim...exemplo de tias quase mãe  ... que o AMOR se perpetue por todas as gerações de mulheres guerreiras desta familia.


Bianca, Eu com Gabriel no colo e  Fabiana (a mãe) - Isabella, Mariane ( a mãe) e Eua mãe de todos.
Minhas lindas sobrinhas/filhas e seus filhos... meus sobrinhos netos.

E nesse ato ...Rendo eterno AMOR à pedra rara, viva, cultivada no mar... à pérola Magaly  minha mãe, meu Porto Seguro, mãe de todos: de marido, de filhos, netos e bisnetos, mãe para todas as horas, que como a Mãe de Jesus conhece cada um de seus filhos e se faz presente mesmo sem estar... e sabe mais do que ninguém das nossas angustias e tristezas. Pensar em mãe é pensar em lar... algazarra, reunião, barulho, comidas, festas, vida, cheiros de casa... de casa arrumada.

Minha pérola... Linda Mãe!

E casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Casa arrumada tem cheiro de  AMOR de MÃE...
Essa é a minha casa, esse é o meu Porto Seguro... o colo que me aguarda sempre....

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